O ambiente das grandes redes de supermercado, símbolo do varejo brasileiro, tornou-se um dos principais focos de sofrimento psíquico no mundo do trabalho em 2025. Pressão por metas, jornadas exaustivas, assédio moral e falta de reconhecimento compõem um cenário que exige atenção imediata de empresas, gestores e da sociedade.
Neste artigo, você vai aprofundar seu entendimento sobre:
▪️ O retrato do sofrimento: dados preocupantes no varejo
▪️ Nova legislação: saúde mental como prioridade e obrigação legal
▪️ Por que agir vai além do cumprimento da lei
▪️ O que as empresas podem (e devem) fazer
O retrato do sofrimento: dados preocupantes no varejo
Pesquisas recentes apontam que 31% dos trabalhadores do varejo estão em alto risco psicossocial, podendo apresentar até mesmo tendências suicidas, enquanto 46% enfrentam algum sofrimento psicológico. Apenas 17% se consideram mentalmente saudáveis. O setor, responsável por cerca de 20% do PIB nacional, revela vulnerabilidades acima da média, impulsionadas por:
- Pressão por resultados e metas abusivas
- Longas jornadas e sobrecarga de trabalho
- Assédio moral, conflitos interpessoais e falta de suporte
- Desvalorização e invisibilidade do trabalho
- Isolamento social, agravado pela pandemia
Esses fatores não apenas afetam a saúde mental, mas também aumentam o absenteísmo, a rotatividade e reduzem a produtividade e o engajamento das equipes.
Nova legislação: saúde mental como prioridade e obrigação legal
A partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas brasileiras, incluindo supermercados, são obrigadas a implementar medidas específicas para promover a saúde mental dos colaboradores. A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) exige:
- Avaliação e gestão de riscos psicossociais (estresse, burnout, assédio, sobrecarga)
- Análise Ergonômica do Trabalho (AET) incluindo aspectos de saúde mental
- Plano de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) com foco em prevenção e mitigação de riscos psicossociais
- Programas de apoio psicológico e canais de escuta
- Políticas claras contra assédio e discriminação
- Promoção do equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Empresas que não se adequarem podem sofrer multas, embargos e ter sua reputação prejudicada.
Por que agir vai além do cumprimento da lei
A saúde mental dos trabalhadores deixou de ser apenas uma pauta de RH: tornou-se questão estratégica para a sustentabilidade do negócio. Empresas que investem em prevenção e cuidado colhem benefícios como:
- Redução do absenteísmo e presenteísmo
- Menor rotatividade e custos trabalhistas
- Aumento do engajamento, satisfação e produtividade
- Melhora do clima organizacional e reputação da marca
Por outro lado, ambientes tóxicos favorecem afastamentos, processos judiciais e perda de talentos.
O que as empresas podem (e devem) fazer
– Diagnosticar fatores de risco: Realizar inventário detalhado dos fatores psicossociais, ouvindo ativamente os colaboradores.
– Desenvolver planos de ação: Criar programas de prevenção, treinamentos para gestores e campanhas de sensibilização.
– Oferecer suporte psicológico: Implantar canais de apoio, acompanhamento psicológico e protocolos claros para situações de crise.
– Fomentar cultura de valorização: Reconhecer o trabalho, promover feedbacks construtivos e incentivar ambientes de respeito e inclusão.
– Monitorar e ajustar continuamente: Avaliar resultados e adaptar estratégias conforme as necessidades das equipes.
Conclusão
O sofrimento psíquico nas grandes redes de supermercado é um desafio coletivo, que exige ação coordenada de empresas, lideranças e sociedade. Cuidar da saúde mental dos trabalhadores não é apenas uma obrigação legal, mas um imperativo ético e estratégico para o sucesso e a sustentabilidade do negócio.
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Fontes
[1] Mercado & Consumo – Empregados do varejo estão entre os mais vulneráveis ao sofrimento psicológico
[2] Exame – 31% dos trabalhadores do varejo estão expostos a altos riscos psicossociais
[3] CDL Colatina – 2025 terá como foco saúde mental no trabalho
[4] Hospital Santa Mônica – Nova lei exige que empresas cuidem da saúde mental dos colaboradores a partir de 2025


