Quando o escritório vira foco de alerta: área administrativa lidera exposição a riscos psicossociais e isso muda a gestão do trabalho

A rotina administrativa, muitas vezes invisibilizada nas empresas, agora ganha protagonismo em uma estatística preocupante: levantamento recente mostra que profissionais dessa área apresentam os mais altos índices de ansiedade, estresse e sintomas depressivos do ambiente corporativo brasileiro. Responsáveis por múltiplas tarefas, prazos apertados e baixa autonomia, esses colaboradores estão no topo do ranking de vulnerabilidade psicossocial, colocando a saúde mental no centro da estratégia de gestão a partir das exigências da nova NR-1.

Neste artigo, você vai aprofundar seu entendimento sobre:

• O que são riscos psicossociais e por que afetam mais a área administrativa

• Principais fatores de exposição: excesso de tarefas, pouca autonomia e pressão por resultados

• Panorama dos sintomas: ansiedade, estresse, depressão e qualidade do sono

• Consequências para o ambiente corporativo: presenteísmo, absenteísmo e queda de produtividade

• Mudanças legais: NR-1 torna obrigatória a gestão desses riscos nas empresas

• Como os riscos psicossociais impactam processos, cultura e reputação

• Boas práticas para prevenção e promoção do bem-estar no trabalho administrativo

O que são riscos psicossociais e por que afetam mais a área administrativa

Segundo estudo da Mapa HDS com 768 trabalhadores, profissionais administrativos lideram o ranking de exposição a riscos psicossociais devido ao acúmulo de tarefas, baixa previsibilidade, pouca autonomia e pressão contínua. Mesmo fora de cargos de liderança, esse grupo apresenta maior vulnerabilidade e percepção de assédio no trabalho, o que intensifica sintomas emocionais como ansiedade (41,24%), estresse (27,11%) e depressão (18,46%).

Principais fatores de exposição: excesso de tarefas, pouca autonomia e pressão por resultados

Além do volume de demandas, o cenário administrativo é marcado por múltiplos prazos e decisões pouco participativas. A falta de reconhecimento e de canais de apoio amplifica a sensação de sobrecarga, enquanto práticas rígidas e cobranças excessivas favorecem quadros de esgotamento mental.

Panorama dos sintomas: ansiedade, estresse, depressão e qualidade do sono

Os dados mostram deterioração do bem-estar: sintomas como fadiga mental, insônia, irritabilidade e desmotivação têm crescido no grupo administrativo. A má qualidade do sono e a maior percepção de assédio agravam os efeitos, prejudicando angústia pessoal e desempenho coletivo.

Consequências para o ambiente corporativo: presenteísmo, absenteísmo e queda de produtividade

O impacto não se restringe à saúde individual: cresce o absenteísmo (afastamento motivado por sintomas mentais), o presenteísmo (presença física mas produtividade reduzida) e a rotatividade de pessoas. Esses problemas resultam em maior custo para as empresas, dificultam o alcance de metas e prejudicam o clima interdepartamental.

Mudanças legais: NR-1 torna obrigatória a gestão desses riscos nas empresas

A atualização da NR-1 obriga que desde maio de 2025 todos os empregadores realizem avaliação e gerenciamento dos riscos psicossociais, incluindo fatores como metas abusivas, jornada excessiva, assédio, conflitos interpessoais e falta de autonomia. Quem ignorar essa nova diretriz pode enfrentar autuações, ações judiciais e sanções administrativas, além de prejuízos reputacionais.

Como os riscos psicossociais impactam processos, cultura e reputação

Empresas que não cuidam da saúde emocional de seus times administrativos tendem a perder engajamento, inovar menos e sofrer com danos à imagem institucional. A abordagem preventiva dos riscos psicossociais já é fator decisivo para atração e retenção de talentos.

Boas práticas para prevenção e promoção do bem-estar no trabalho administrativo

▪️ Promover ambientes colaborativos, com valorização da equipe

▪️ Estimular comunicação clara e transparente entre áreas

▪️ Realizar treinamentos periódicos para liderança e colaboradores sobre saúde mental

▪️ Implementar canais seguros para denúncias e apoio psicossocial

▪️ Priorizar pesquisas de clima e avaliações regulares dos riscos psicossociais

▪️ Flexibilizar jornadas e revisar sobrecarga de tarefas

▪️ Integrar gestão do risco ao PGR e ações do GRO, conforme NR-1


Conclusão

Cuidar dos riscos psicossociais na área administrativa deixou de ser tendência e passou a ser obrigação: proteger a saúde mental e promover ambientes seguros que se traduzem em vantagem competitiva, produtividade sustentável e reputação sólida para as empresas preparadas para o futuro do trabalho.

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Fontes

▫️ Mapa HDS — Relatório Nacional de Riscos Psicossociais (2024)

▫️ Ministério do Trabalho e Emprego — Atualização da NR-1 (2024)

▫️ Iaco — Afastamentos por riscos psicossociais no trabalho (2025)

▫️ Jornal Valor Econômico — Empresas passarão a ser fiscalizadas por riscos psicossociais no trabalho (2025)

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