A violência doméstica e familiar contra a mulher não é apenas um drama social, é uma questão de saúde pública e um desafio estratégico para empresas de todos os portes. Seus impactos ultrapassam as paredes do lar, atingindo diretamente o mercado de trabalho, a produtividade, a estabilidade no emprego e o desenvolvimento econômico do país.
Neste artigo, você vai aprofundar seu entendimento sobre:
▪️ O impacto silencioso no cotidiano profissional
▪️ O custo para empresas e sociedade
▪️ Por que agir é urgente e inteligente
▪️ O que as empresas podem fazer
▪️ Iniciativas Tupã
O impacto silencioso no cotidiano profissional
Dados recentes mostram que a violência doméstica afeta profundamente a vida laboral das mulheres. Segundo a Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (PCSVDFMulher), realizada nas capitais nordestinas, 12,5% das mulheres empregadas sofreram algum tipo de violência doméstica nos últimos 12 meses. O resultado? Uma série de consequências que comprometem o desempenho e a permanência dessas profissionais:
- Absenteísmo elevado: Mulheres vítimas de violência faltam, em média, 18 dias por ano ao trabalho.
- Redução da duração no emprego: A média de permanência no emprego cai de 74,82 meses (mulheres não vítimas) para 58,59 meses (vítimas), uma diferença de 22%.
- Menor produtividade e concentração: O estresse, a ansiedade e a dificuldade de tomar decisões são frequentes entre as vítimas, prejudicando resultados e relações profissionais.
- Recusa de oportunidades: 23% das mulheres vítimas já recusaram ou desistiram de uma vaga porque o parceiro era contra.
- Salários mais baixos e desigualdade racial: Os menores salários estão entre mulheres negras vítimas de violência, enquanto os maiores são de mulheres brancas não vitimadas. Mesmo mulheres brancas vítimas recebem mais que negras não vítimas, evidenciando o impacto interseccional do racismo e da violência.
O custo para empresas e sociedade
O impacto financeiro é expressivo: só nas capitais nordestinas, estima-se que R$64,4 milhões da massa salarial são perdidos anualmente devido ao absenteísmo causado pela violência doméstica. Além disso, empresas enfrentam:
- Aumento da rotatividade e custos com recrutamento e treinamento
- Redução da qualidade e produtividade
- Maior incidência de licenças médicas e afastamentos
- Riscos reputacionais e legais
Ignorar o tema é perder talentos, competitividade e comprometer o clima organizacional.
Por que agir é urgente e inteligente
A violência doméstica mina a autonomia econômica da mulher, perpetua ciclos de dependência e vulnerabilidade, e aprofunda desigualdades no ambiente de trabalho. Para as empresas, enfrentar esse desafio é mais do que responsabilidade social: é estratégia de gestão, retenção de talentos e sustentabilidade.
Empresas que reconhecem e enfrentam essa problemática estão à frente em responsabilidade social, reputação e resultados. Adotar políticas de apoio não é apenas uma questão ética, mas também de smart business.
O que as empresas podem fazer
1. Capacitar gestores e equipes para identificar sinais de violência e oferecer escuta ativa e apoio sem julgamento.
- Implementar políticas flexíveis de jornada e afastamento, respeitando a privacidade e as necessidades das vítimas.
- Divulgar canais de denúncia e apoio, como o 180 e redes locais de proteção.
- Promover campanhas de sensibilização e treinamentos regulares sobre o tema.
- Integrar o enfrentamento à violência doméstica nas estratégias de diversidade, equidade e inclusão
Conclusão
A violência doméstica não é um problema privado, é um desafio coletivo, que exige ação coordenada de empresas, gestores e colaboradores. Ao reconhecer e enfrentar esse tema, as organizações não apenas protegem suas equipes, mas também fortalecem sua cultura, reputação e resultados.
Cuidar é estratégia. Informação é proteção. Empresas que acolhem, transformam vidas e resultados.
Sua empresa está pronta para ser parte da solução?
Fale com a Tupã e saiba como implementar políticas de acolhimento, prevenção e apoio às vítimas de violência doméstica.
Vamos juntos construir ambientes de trabalho mais seguros, humanos e produtivos.
Fontes:
[1] [Asterisco Educação – Violência doméstica e o mercado de trabalho][1]
[2] [ONU Mulheres – Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica][2]
[3] [JusLaboris – Artigos: Violência contra a mulher][3]
[4] [Agência Patrícia Galvão – Impacto da violência doméstica sobre o mercado de trabalho][4]
[5] [SciELO – Trabalho e violência doméstica][5]


