Empregos femininos são mais ameaçados pela inteligência artificial

A revolução da inteligência artificial (IA) já é realidade em diferentes setores, mas o impacto dessa tecnologia no mercado de trabalho não acontece de forma igual para todos. Dados de 2024 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontam um cenário preocupante: quase 10% das ocupações femininas estão sob risco de transformação significativa por IA, número quase três vezes maior que os 3,5% verificados entre os homens.

Essa diferença evidencia que a automação, principalmente por IA generativa, pode aprofundar desigualdades históricas — especialmente para mulheres, muitas delas concentradas em funções administrativas e de secretariado, as mais suscetíveis à automação de tarefas como organização de agendas, atendimento, resposta a e-mails e geração de relatórios.

Neste artigo, vamos abordar:

▪️ Por que os empregos femininos são mais vulneráveis à IA

▪️ O papel da tecnologia na transformação do trabalho administrativo

▪️ Riscos de aprofundamento das desigualdades de gênero

▪️ Oportunidades e caminhos para um mercado mais justo

▪️ Como empresas podem promover inclusão e preparação de equipes

Por que os empregos femininos são mais vulneráveis?

A presença majoritária das mulheres em cargos administrativos, de secretariado e tarefas de apoio faz com que elas estejam mais expostas ao impacto das novas ferramentas de IA. Em funções rotineiras ou de equipes de apoio, a automação agiliza processos, mas ameaça postos de trabalho tradicionalmente ocupados por mulheres, em especial em países de alta renda.

Além disso, setores como mídia, finanças e até parte do desenvolvimento de software também aparecem entre os mais impactados pela automação, exigindo que profissionais, especialmente mulheres, estejam sempre atualizadas em novas competências.

Transformação não significa extinção, mas exige adaptação

Os especialistas da OIT destacam: a automação completa de cargos é rara. O que ocorre, em geral, é a substituição ou profunda modificação de tarefas cotidianas. A IA tende a transformar rotinas,  mas também pode desencadear a criação de novos empregos e tornar funções existentes mais estratégicas, ampliando o espaço para criatividade e tomada de decisão humana.

O risco do aprofundamento das desigualdades

Apesar dos avanços, os dados mostram que ainda persistem disparidades de gênero no trabalho, inclusive em acesso a treinamento e cargos de liderança. As mulheres enfrentam salários menores, menor presença em áreas técnicas e ainda acumulam, em muitos casos, responsabilidades domésticas não remuneradas. O avanço da IA, sem políticas específicas de inclusão, tende a ampliar essas lacunas.

Caminhos para um futuro mais justo

A própria OIT recomenda que governos, empresas e trabalhadores atuem juntos na promoção de ambientes de trabalho mais justos, com políticas de requalificação, incentivo à liderança feminina e acesso universal ao aprendizado digital. Tornar a IA aliada do progresso  e não de novas barreiras depende de investimentos em capacitação, ambientes inclusivos e monitoramento constante de impactos.

Empresas que adotam diversidade e inclusão conseguem não só proteger seus times, mas também inovar mais, oferecer melhores serviços e se destacar no mercado.

Conclusão

A inteligência artificial representa oportunidades e desafios reais para a força de trabalho  e especialmente para as mulheres. Preparar lideranças, investir em educação digital e apoiar a diversidade serão diferenciais decisivos para que a transformação tecnológica seja positiva para todas as pessoas.

Referências

[1] Fast Company Brasil. “IA ameaça mais empregos femininos que masculinos.”

[2] Neuron Expert. “A IA está substituindo especificamente empregos femininos?”

[3] Fast Company Brasil. “Avanço da IA ameaça mais os empregos de mulheres.”

OIT (Organização Internacional do Trabalho), Relatório 2024.


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